Hoje é a data mais conhecida em todo mundo a mencionar Jesus Cristo.
E para abrir a série Crenças & Culturas: o CRISTIANISMO - a crença religiosa com mais adeptos dentre todas, mesmo com seus perfis diversos.
Esse espaço vem apresentar, discutir e debater os fundamentos religiosos e culturais relacionando à natureza.
É fato: seu modo de ver a realidade, molda seu comportamento - inclusive diante da natureza.
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No princípio criou Deus o céu e a terra.
(Gênesis 1:1)
A começar pela passagem mais citada de toda a bíblia, já define que a crença cristã entende a natureza como uma criação, sujeita ao Criador.
A Bíblia tradicional é uma compilação de livros considerados autênticos - espiritual e arqueologicamente considerando (exemplo, os manuscritos do Mar Morto). A maior parte dos registros aqui citados se encontram também na Torá judaica.
O Cristianismo, conhecido assim pela pessoa de Jesus Cristo é definida como a religião com mais adeptos no mundo: cerca de 2,2 bilhões - cada vez mais crescente e de perfis diversos.
O PROPÓSITO DA NATUREZA
Em toda a Bíblia relatos considerados científicos são escassos e pontuais - um pouco ali um outro lá - a maioria dos relatos são considerados morais. A Bíblia é fundamentada pela natureza originada de um ato de criação.
A criação é narrada brevemente em Gênesis, realizada em sete dias literais (“e no dia quarto"- dia = do hebraico
yôm = manhã e tarde - a partir da lexicografia).
A Terra de alguma forma já existia no princípio do relato (sustentando a ideia de ter bilhões de anos) pois ela era “sem forma e vazia” e foi sendo moldada. É narrado que separou a porção de terra seca, das águas - em Geologia, considerada a Pangéia. Houveram a criação do dia e da noite, do Sol e da lua e dos luminares e da separação da luz e das trevas.
E a cada etapa, o Deus Jeová conceituava considerando aquilo bom.
OS SERES VIVOS
Quando surgem os vegetais (primeiramente) e depois os animais é ordenado para que a
terra e as águas os produzam:
“E disse Deus: Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie...” (Gênesis 1:11) “E a terra produziu...” (Gênesis 1:12)
“E foi a tarde e a manhã, o dia quarto.
E disse Deus: Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente; e voem as aves sobre a face da expansão dos céus.” (Gênesis 1:19-20)
Só esses dois trechos dão suporte tanto para a criação quanto para a evolução, porém segundo a sua espécie e não indefinidamente. A terra e as águas foram ordenadas a produzí-los. E detalhe, animais de alma vivente. Sim! Segundo a Bíblia os animais têm alma (segundo a versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel)! E segundo o livro de Eclesiastes escrito pelo rei Salomão:
"Porque o que acontece aos filhos dos homens, isso mesmo também acontece aos animais; a mesma coisa lhes acontece. Como morre um, assim morre o outro. Todos têm o mesmo fôlego, e nenhuma vantagem têm os homens sobre os animais. Tudo é vaidade
Todos vão para um lugar; todos foram feitos do pó, e todos voltarão ao pó.”
(Eclesiastes 3.19-20).
E ainda questiona!
"Quem sabe se o fôlego dos filhos dos homens sobe para cima e que o fôlego dos animais desce para baixo"?
(Eclesiastes 3.21).
COSMOVISÃO DEFINE COMPORTAMENTO: ECOLOGIA
Segundo, para os cristãos a Palavra de Deus, hierarquiza o ser humano como a coroa da criação com o sopro em suas narinas, o concedendo vida. E determinando que ele nomeasse todas as criaturas. E pensa-se que determinou também dominação e sujeição. Porém em Gênesis 1:28, costuma-se ver o versículo traduzido desta forma: “
E Deus os abençoou e lhes disse: sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.”. A palavra dominai é traduzida do hebraico “
yirdu” que na verdade significa “
desça” - se fosse no sentido de dominar o autor teria escrito “
shalthanhon” ou “
mashel” que é um governar de forma benévola mas é escrito com “
yirdu”: descer. O que aparece nesse versículo como “sujeitai-a” é a palavra “
kibshah”, que significa
preservar. Fosse de fato a intenção do autor transmitir a idéia de “sujeitar” ele teria empregado a palavra “
hichriach”.
A tradução literal, e não personalizada, mais próxima do original é “
E abençoou-os Deus e lhes disse Deus: fecundem-se, tornem-se muitos, encham a terra e preservem-na; e desçam para (a condição dos)
peixes do mar, e para as aves dos céus e para todo animal que rasteja sobre a terra”.
O DESEQUILÍBRIO AMBIENTAL
Essa condição harmônica entrou em conflito quando o primeiro casal da humanidade desobedeceu ao Criador, ao serem induzidos ao erro com permissão desse Deus (Jeová). Comeram o tal fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, dando abertura para os sacrifícios e o mal. Os animais não foram mais considerados apenas mantimentos (em função ecológica) passaram a ser sacrificados para roupas, alimentos entre outras utilidades pois ficar no perfeito Jardim do Éden (a plenitude espiritual), não era mais permitido. O casal ser humano modelo, sem defeitos, passou a ser defeituoso (apenas carnal) e modelo genético corrompido de toda a humanidade. Nisso passaram a fazer parte as doenças, as crises, a poluição, entre outros.
FAUNA E FLORA
Os animais servirem de alimentos só ocorreu mesmo após o dilúvio, quando a vegetação ficou escassa. E depois disso, até os últimos relatos bíblicos cerca de 2000 anos atrás sujeitavam os animais e se for assim, até os dias de hoje. Jesus mesmo se alimentava de peixes e em diversas passagens há sacrifícios de animais, inclusive para celebrações. E a exploração da flora e da fauna (biomas e florestas) só é crescente.
O dilúvio, segundo a Bíblia, foi uma catástrofe provocada pelo próprio Deus, reservando a vida aos que se arrependesse de desobedecê-lO. Nesse grupo ficou a família de Noé com um casal de cada animal. Esse grupo de humanos teria dado origem a toda população mundial atual, cada casal indo para uma região a partir do monte Ararat (Turquia). Os animais atuais seriam descendentes dos animais noéticos também e não diretamente do Jardim do Éden. Entre os animais extintos estariam muitos dos dinossauros, insetos e plantas gigantes. Alguns cristãos defendem que a extinção deles deve-se à proteção de uma humanidade e natureza, hoje mais fragilizadas.
O pesquisador cristão informa mais sobre eles pois na Bíblia sagrada existem algumas palavras e referências usadas que possivelmente descrevem os animais dinossauros.
CATÁSTROFES
Além do dilúvio houveram, as Escrituras relatam diversas catástrofes. Mas o que causa isso segundo ela, pode ser surpresa para muitos leitores:
“Eu formo a luz, e crio as trevas; faço a paz, e crio o mal; eu sou Jeová que faço todas estas coisas.”
(Isaías 45:7)
Porém também está escrito logo depois:
Destilai, ó céus, dessas alturas, e as nuvens chovam justiça; abra-se a terra, e produza a salvação, e ao mesmo tempo frutifique a justiça; eu, o Senhor, as criei.
(Isaías 45:8)
A pior de todas as catástrofes está prevista em profecias no antigo testamento e no novo testamento. O antigo e o novo são separados pelo nascimento de Jesus Cristo registram ter sido há 2014 anos. Por exemplo, no livro de Apocalipse (quer dizer "Revelação"), prevê que o mundo será tomado por tragédias, fortes desequilíbrios ambientais e será tomado por fogo e chamas (destacando o elemento enxofre). Em Apocalipse há profecias em que mencionam pragas, cavaleiros carregados de desgraças, guerras e opressão a se cumprirem nos últimos tempos causados por seres espirituais e também pela humanidade - tudo com a permissão de Jeová.
A visão cristã trata sobre os conflitos sociais também, essa passagem explica:
“E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes, cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia.”
(Romanos 1.28-31)
FUTURO
A criação sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa de quem sujeitou aguarda em ardente expectativa a revelação dos filhos de Deus (Romanos 8:19-22). Esse filhos de Deus foram os justificados pelo sangue de Jesus (1 Coríntios 6:11), e esses justos herdarão a nova Terra (Salmo 37:9,29). A Bíblia garante que haverão novos céus e nova terra onde habitará justiça com o retorno de Jesus Cristo (2 Pedro 3:13). Afirmando que destruirá os que destroem a terra (Apocalipse 11:18).
Há a promessa:
“A própria vaca e a ursa pastarão; juntas se deitarão as suas crias. E até mesmo o leão comerá palha como o touro. E a criança de peito há de brincar sobre a toca da naja; e a criança desmamada porá realmente sua própria mão sobre a fresta de luz da cobra venenosa. Não se fará dano, nem se causará ruína em todo o meu santo monte; porque a terra há de encher-se do conhecimento de Jeová assim como as águas cobrem o próprio mar.” — Isaías 11:6-9.